Essa semana não tem Diário da Ausência. Ainda preciso terminar o texto, uma reflexão sobre o que chamo de “Autoficção Semibiográfica”. Acho que semana que vem deve vir, pra fechar essa série.
Aliás, semana que vem vou palestra no evento BrookCon, da Stony Brook University. Esse ano viu falar sobre recursos incríveis dos quadrinhos e como a gente manipula essas coisas impossíveis pra criar narrativas bacanas. Depois te explico melhor e, se der certo, gravo a palestra em vídeo.
Estou fazendo um curso online de aquarela com o Lee White, na SVS Learn. Tem sido muito bacana e interessante, também um pouco frustrante. É doido “voltar a ser aluno”. Muita coisa passa pela minha cabeça, depois de tanto tempo sendo a pessoa que dá a aula, e encaro agora questões do outro lado da relação. As aulas são ótimas e é preciso tempo e espaço pra fazer as tarefas, era preciso uns materiais novos (que comprei, que delícia comprar material novo - só precisa usar e continuar usando, né?). A grade lição que tirei dessas primeiras aulas foi que tudo leva tempo e sem dedicação, nada evolui. Eu sei disso como professor, e como artista, relativamente confortável nas minhas técnicas e processos, volto a encarar essa verdade.
Hoje, também, vou usar uma fatia do sábado para revisar o PDF final-final-mesmo do Projeto INKS (lembra dele?). Parece que não tem nada que eu precise ajustar - grazadeus - mas é melhor conferir. Se tudo correr bem, o livro vai estar 100%-pronto-mas-pronto-MESMO e vai pra impressão ainda esse mês. O lançamento tá previsto pro ano que vem, uma pena, mas espero que logo eu possa falar sobre tudo isso abertamente.
Então vamos a isso:
A VIDA PÚBLICA DOS PINGUINS
Abri um Instagram só pra postar as tirinhas do casal pinguim. A partir da tirinha que te mostrei na última carta, achei que era hora. Tem tantas ideias, além de algumas que eu já desenhei e que até foram mostradas nas redes nos anos passados…
Não vou ficar maluco com agenda ou algoritmos: vai ter quando tiver, hehe. Quero fazer isso por prazer e não por obrigação. Vai ser um prazer se você ler também. Acompanhe e dê uma força: @vidarealpinguins/ Eu disse que ia postar primeiro aqui, mas sabe como é a vida. Já tem uns dois posts lá.
Uma delas, acho que uma favorita de muita gente, é essa, feita lá nos tempos estranhos da pandemia. Me lembrei dela esses dias porque a Mo quase me congelou com o pé gelado dela (sim, ainda).
(O tema do próximo - e provavelmente último - Diário da Ausência faz muitos paralelos com VRdP, aliás)
MAV - A arte que (R)existe em Pedreira
Existe Arte em Pedreira. Resiste a Arte em Pedreira.
Dia 5 foi a abertura da MAV - Mostra de Artes Visuais de Pedreira, uma exposição pra revolucionar o mundo artístico da região. Minha cidade natal sempre teve seus artistas, dos artesãos da cerâmica aos digitais e contemporâneos. Essa mostra reúne uma seleção maravilhosa de artistas contemporâneos que têm ligação íntima com a cidade. E tenho muita alegria de fazer parte disso, com seis artes originais em técnicas variadas da premiada HQ Terapia.




Meu agradecimento e parabéns aos organizadores da exposição Lê Rampazo, João Ferriera e Cleusa Gouveia Nery. A MAV está aberta para visitação gratuita até o dia 27 de abril no Centro de Exposições praça Ângelo Ferrari. Veja mais fotos e informações no perfil instagram.com/mavpedreira. Dá pra ver todas as obras expostas e os vídeos da cerimônia de abertura. Recomendo!
Infelizmente, por motivos geográficos, não pude estar presente na abertura, mas deixo meu agradecimento a todos que estiveram lá e continuam prestigiando e fortalecendo a arte numa idade que é tão pequena, conservadora e muitas vezes, estagnada demais.
Eu mesmo nunca achei que existia uma “cena” na cidade. Artes visuais, ainda mais… Música a gente até tinha, eu fiz parte de muitas bandas ao longo dos meus anos de adolescência e começo da vida adulta, acredito que a gente meio que encabeçou um movimento de rock independente (a saber, diferente das poucas bandas que tocavam de tudo que era pop em barzinhos e baladas. A gente tocava o que queria em festivais e garagens). Dança sempre teve porque sempre existiram pelo menos duas escolas de dança, balé e o projeto de street dance, e pelo menos um festival por ano. Tinha um grupo de teatro que eu não sei bem se conseguia fazer muita coisa.
O lance é que pra existir uma cena artística que possibilite os artistas começar, aprender e se desenvolver e poder compartilhar com sua comunidade e com a população em geral, serem respeitados por isso e terem estruturas que ajudem a viabilizar a veiculação dessa arte (mesmo a feita por molecada que ainda tá aprendendo) e assim criar um ciclo de retro-alimentação, pra tudo isso funcionar, precisa de muito apoio da administração pública. E a gente sabe como é, se eles olham pra arte, é pouco.
Sorte nossa que, apesar de tudo, como sempre digo, a gente continua fazendo acontecer. Então, é muito importante que coisas como a Lei Paulo Gustavo, a política Aldir Blanc, a Lei Rouanet, o ProAC e tantos outros editais de nível municipal, estadual e federal, existam. Até o Catarse, Vakinha e outras plataformas de financiamento coletivo fazem parte disso.
A MAV é um exemplo claro disso: foi possível graças a Política Nacional Aldir Blanc. Apoio: Prefeitura Municipal de Pedreira Secretaria de Cultura e Economia Criativa de Pedreira Galpão 2040 Realização Ministério da Cultura | Governo Federal.
ARTISTAS
Ariane Ventos - @ar_ventos
Bianca Zechinato - @bizechinato
Caroline Primon - @carolprimon
Daniela Cagnoni - @cgndani
Ederson Armelim - @ederson_armelim
Fabiano Rizzoni - @atelier_rizzoni
Fábio Miranda - @biobiobiobio
Fernando Nunes - @fernando.fnunes
hgg - @_________hgg
João Ferreira - @jferreira.co
Joolie - @joolling
Julia - @_juuilustra
M.BICUDO - @mmbicudo76
Mariana Luna - @amarianaluna
Marilda Beligni - @marildabeligni
Mario Cau - @mariocau
Rals - @unknownrals
Roberta Ferraresso - @ferraressobeta
Simadon - @simadon.arte
Vilamous - @vilamous
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Direção: João Ferreira - @jferreira.co
Curadoria: Cleusa Gouveia - @clegnery
Produção: Le Rampazo - @lerampazo.producoes
FALANDO EM ARTISTAS DE PEDREIRA
Talvez você lembre que ano passado foi lançado o documentário “Pedreira - Vivências da Arte”, produzido pela Lê Rampazo, que contou com o depoimentos de quatro artistas de áreas diferentes, entre eles o João Ferreira e eu, que fazemos parte da MAV. O João, aliás, foi uma baita surpresa pra mim, na esteira da Bianca Zechinato, que eu conheci por ser prima da Monica: fazem ARTE com tanta identidade, tanta honestidade e sentimento, vinda de quem estudou e mergulhou profundamente.
Dá pra assistir o documentário gratuitamente no Youtube:
AVISO - ABSENCE E-BOOK
Fui avisado pelo Felipe Magaldi que Absence estava indisponível no meu site. Fui lá conferir e realmente cometi um erro no cadastro do e-book. Agora já está disponível! Neste link. Valeu, Felipe!
DA PRANCHETA:
Um quadro de um projeto que está em fase de cozimento, uma parceria para um pitch. Vamos ver como a coisa anda. Torça aí!
Bom, é isso! Nos falamos mais na próxima.
Para ler todas as edições anteriores:
ARQUIVO QUEBRA-CABEÇA