98 - A Velha Questão Está de Volta
Eita, essa é mais uma edição pulando o capítulo de Diário da Ausência. A essa altura, pode parecer que eu simplesmente nem vou concluir o assunto/projeto, mas prometo que vou voltar, sim. A questão da autobiografia é algo que tá sempre voltando pra minha atenção e sinto que refletir sobre isso é algo que não cabe só pra fechar o relato de produção de Absence, mas também pra minha própria jornada como autor e para o que quero fazer daqui pra frente.
Enquanto escrevo, estou de olho nas pilhas de livros, prints e demais itens de eventos aqui na sala. Amanhã participo de mais um evento e ainda não terminei de organizar tudo: falta pegar a mala e ver como fazer caber. Dessa vez, estou indo sozinho (pelo menos no primeiro dia), e toda essa logística precisa funcionar só comigo. Comecei o circuito de eventos desse ano já com livro novo, mais prints e pins, e com expositores novos, também, então a malinha carry-on que me serviu muito bem até ano passado já não parece suficiente.
Enquanto não termino isso, bora terminar a newsletter e passar um café porque a Mo logo termina sua participação no congresso e depois, tem mercado e academia. Vida real, kids.
FALANDO EM ABSENCE…
Ja está disponível na Amazon do mundo todo a edição digital (e-book) e impressa do meu novo livro! Publicando pelo KDP, o livro pode ser vendido em todas as Amazons em impressão por demanda, o que significa que você compra, eles imprimem a quantidade desejada e entregam. É muito prático e a qualidade é bem decente.
Infelizmente, e que ironia, o único lugar onde a impressão sob demanda do KDP não está disponível é no Brasil. Dá pra comprar a edição em e-book, claro, mas aí eu prefiro que você compre direto no meu site (o conteúdo é o mesmo e meu lucro é maior, haha).
Se você quiser ver minha análise do material impresso da KDP, de quando lancei Teardrop, assista este vídeo (minha opinião se mantém a mesma um ano depois com o livro novo):
CCXP 2025 E A NOVA VELHA QUESTÃO
O maior evento de cultura pop da América do Sul (provavelmente, da América inteira, quiçá do mundo) abriu as inscrições para o Artist’ Valley essa semana. Eu já estava com um pé atrás sobre participar em 2025, considerando custo de mesa e todos os custos envolvidos na viagem, e adicionando ao mix de biruleibes mentais, não saber se terei algo novo pra lançar e a situação estranha que está aqui na gringolândia.
Participei da CCXP em TODAS as edições desde 2014, exceto 2023 (já estava morando fora). Sempre foi uma experiência incrível baseada em excessos, haha. Tudo é muito na CCXP. Inclusive, e que bom, vendas e contatos com leitores antigos e novos. É muito, muito legal e eu sempre saio exausto e totalmente reenergizado pra continuar investindo no meu trabalho e na minha arte.
O investimento é sempre alto. Só a mesa simples, nos últimos anos, ultrapassa os mil Reais. Se dividir ajuda, mas aí é metade do espaço e eu já tenho tanta coisa pra expor que preciso dividir a mesa com algum parceiro, como o Lucas Oda, porque nosso trabalho juntos faz a transição entre os lados individuais (sem contar que o Lucas é um baita parceiro, não só no quadrinho, mas em tudo). Se dividir uma mesa dupla (aquela maior com o totem, muito chique e chama muito atenção), tem mais espaço, mas custa muito, muito mais caro.
Enquanto o custo da mesa era menor e os custos de viagem, hospedagem e alimentação eram maleáveis, eu sempre tive lucro garantido. Ano passado, quando dividi a mesa dupla com o Rapha Pinheiro, deu lucro porque eu não paguei a mesa (fomos convidados da Iron Studios, por causa do lançamento de Residiuum). O custo da passagem pro Brasil é uma adição pesada no investimento e a isso se liga a questão de visto e o desenrolar disso vem com mais questões pra resolver… Enfim.
Sem lançamento, o potencial de vendas da mesa cai um pouco, porque os leitores que já me acompanham provavelmente tem tudo o que eu levaria. Apesar de ter ideias pra algo novo esse ano, não tenho como ter certeza ainda se é viável lançar até lá. Ano passado, também, estranhamente, vendeu quase nada de print, sendo que em todos os anos anteriores, vendia super bem.
Do outro lado, o que não envolve o evento, temos a questão do visto e da situação estranha nos EUA em relação a imigrantes. Precisaríamos renovar o visto se quisermos
Até agora, pelo menos, parece que não vai ter CCXP pra mim esse ano. Por mais que eu queira sempre estar em pelo menos um evento no Brasil por ano, e a CCXP sendo o maior e mais lucrativo, a não ser que algo crucial mude, vai ficar pra ano que vem. Não é só sobre custos de viagem, mas tem toda uma questão de visto e do pé atrás com as questões do governo atual. Talvez seja cedo demais pra decidir definitivamente? Claro que sim. Ano passado isso mudou pelo menos três vezes, haha. Enquanto houver prazo pra inscrição, haverá uma pequena chance de algo mudar. Vamos ver.
FALANDO EM CCXP…
Continuamos trabalhando em Residiuum - Tales of Coral! Rapha, PR, CyberTeyu e eu estamos produzindo o capítulo 5 atualmente, e a proposta é publicar a edição completa da saga da Coral no fim do ano, com lançamento na CCXP. Essa edição reuniria os 6 capítulos em uma edição caprichada, em vez de continuar com volumes menores (como foi o primeiro, lançado ano passado). Ainda não temos nada 100% definido, mas o plano da Iron Studios é em torno disso.
FALANDO EM EVENTO…
Neste fim de semana, participo do BICS - Brooklyn Indie Comics Showcase, evento bem bacana, focado em quadrinho independente organizado pela St Mark’s Comics. Ano passado eu tive mesa e foi bem legal.
DA PRANCHETA
Acho que já comentei que estou fazendo um curso de Aquarela com o Lee White, pela SVS Learn. Tá sendo muito legal, tenho aprendido muito. Aquarela é uma técnica que eu sempre gostei e é muito distante do meu estilo de desenho (mais gráfico, preto e branco, alto contraste) e ter a experiência com outra forma de pensar e agir ao produzir uma imagem faz bem pro cérebro.
Estou atrasado porque sempre tem mais coisas pra fazer, e o tempo e espaço que aquarela exige de mim nem sempre é compatível, mas continuo avançando aos pouos, como dá, quando dá. Essa árvore é um dos exercícios propostos:
Bom, é isso! Nos falamos mais na próxima.
Para ler todas as edições anteriores:
ARQUIVO QUEBRA-CABEÇA